segunda-feira, 16 de março de 2009

O 11º D e a Semana da Leitura

“Benefícios e malefícios das ementas gastronómicas de Os Maias””



No dia 6 de Março, decorreu no Auditório da Escola Secundária de Seia, pelas 12h, a palestra “Benefícios e malefícios das ementas gastronómicas de Os Maias””, dinamizada pelo Dr. Jorge Lameiras, docente do Instituto Piaget de Viseu.
A palestra contou com a presença dos alunos das turmas A, D e I do 11º ano e respectivos professores, que estão a desenvolver o Projecto “As 5 Portas da Leitura: promoção do livro e da leitura”, promovido pela Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos. A actividade contou, ainda, com a presença dos alunos do 11ºB, que, não estando a desenvolver o referido Projecto, foram convidados a estar presentes.
Ao longo da palestra foram abordados vários aspectos da gastronomia portuguesa, tendo o orador começado por fazer uma ponte entre o século XIX e a alimentação dos nossos dias, referindo, de seguida, aspectos relacionados com o tempo de “Os Maias” – saúde pública, alimentação, nomeadamente aspectos de saúde pública até ao século XIX, estilo de vida, envelhecimento e saúde, transição alimentar e nutricional – mudanças na alimentação nos indivíduos, das famílias e no todo da população.
A actividade terminou com um espaço para questões dos participantes que colocaram algumas questões bastante pertinentes.
Esta actividade permitiu-nos reflectir acerca dos nossos hábitos alimentares, mas sobretudo nas diferenças de saúde pública entre o século XIX e o nosso tempo.

Palestra "Os Maias": a educação inglesa


No dia 16 de Fevereiro, decorreu no Auditório da Escola Secundária de Seia, pelas 8h e 30m, a palestra “Os Maias: a educação inglesa”, dinamizada pela Dr.ª Cândida Perpétua, docente de Inglês desta Escola.
A palestra contou com a presença dos alunos das turmas A, D e I do 11º ano e respectivos professores, que estão a desenvolver o Projecto “As 5 Portas da Leitura: promoção do livro e da leitura”, promovido pela Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos. A actividade contou, ainda, com um grupo de alunos, que não estando a desenvolver o referido Projecto, foram convidados a estar presentes. Estes alunos do 12º ano, turma E, tiveram uma postura muito digna, correcta, activa e participativa no decurso da palestra, nomeadamente nos momentos dedicados ao debate e reflexão de ideias.
Ao longo da palestra foram abordados vários aspectos da educação inglesa, tendo a oradora começado por fazer uma contextualização da época inglesa correspondente ao período português retratado na obra Os Maias, passando, de seguida, a referir assuntos especificamente ligados à educação inglesa.
Esta actividade permitiu-nos reflectir acerca das diferenças existentes entre a educação inglesa e a educação portuguesa e todo o caminho de mudança que temos de realizar para nos aproximarmos de um sistema de educação de sucesso.
Foi uma palestra muito interessante que permitiu o debate e a troca de opiniões.

"Tão cedo, Marta!" de Maria Teresa Maia Gonzalez


A obra “Tão cedo, Marta!”, da escritora Maria Teresa Maia Gonzalez, incide sobre a história, as dificuldades, os pensamentos, a nova forma de viver e o dia-a-dia de uma mãe adolescente que reside no lar “Nova Primavera”, onde encontrou o carinho e apoio que a família e o pai da criança não lhe souberam dar.
O título do livro despertou-me a atenção pelo facto de estar nele uma exclamação, que remete para uma admiração e, por isso, tive a curiosidade de saber o “porquê” dessa mesma admiração; outro motivo que me levou à leitura deste livro foi a preferência que eu tenho pela escritora que é das minhas favoritas, pois as obras dela reflectem sobre os adolescentes, as suas diferentes histórias e dificuldades sempre actuais e reais, demonstrando sempre que detém um enorme conhecimento do que escreve até ao mais ínfimo pormenor, que vai desde os contrastes de linguagem utilizados pelas personagens (adultos e jovens), aos ideais, pensamentos, sentimentos, emoções… Mostra, sem dúvida, que conhece os jovens como ninguém. As suas obras são dedicadas aos jovens e igualmente adaptadas para incentivo à leitura, tanto na linguagem (objectiva, clara, actual), como nos temas (sempre actuais e relacionados com os problemas sociais e juvenis), no tipo de letra (com um tamanho razoável, que não cansa os olhos da sua leitura), na estrutura do livro (curto, empolgante por que nos identificamos sempre com alguma coisa, com alguma passagem, com algum sentimento, etc., de boa leitura que nunca se torna maçadora, os parágrafos curtos, com algum discurso directo, etc.).
“Tão cedo, Marta!” não poderia deixar de corresponder às características das obras da sua autora. Sempre com uma linguagem correcta, apelativa, actual, objectiva, clara, com parágrafos e frases relativamente curtos, de fácil leitura; o tema é a “gravidez na adolescência”, o que, infelizmente, não deixa de ser actual. É empolgante a cada capítulo, sempre, cada vez mais, conduzindo-nos à curiosidade de “como irá acabar?”.
A leitura da obra fez-me reflectir muito na coragem da personagem (Marta). A coragem de assumir a sua gravidez e a sua criança, sozinha, sem o apoio de ninguém, arriscando-se a modificar totalmente a sua vida; nem todas as raparigas o fariam. A opção de, contra a vontade de tudo e de todos, principalmente da mãe, não abortar a criança, mas, sim, aceitar a sua situação; a força que ela tem de enfrentar as dificuldades que se atravessam, a vontade e orgulho de não querer depender de mais ninguém, de enfrentar a contra-vontade da sua mãe e sair de casa; a determinação de ter a criança, de a criar, de lhe dar todo o carinho e cuidados necessários. Ao longo de todo o livro apercebemo-nos de que Marta nunca se arrependeu da sua opção; do intenso amor que ela oferece, da inter-ajuda com outras mães no lar, dos intensos auxílios e protecção que ela dá ao filho e apercebemo-nos, também, que ao longo dos tempos ela se depara com o receio dos problemas económicos, pois vai ter de sair do lar quando atingir determinada idade e, mais tarde ou mais cedo, terá de sair dali e viver independentemente com o seu filho, por isso, instala-se a dúvida de pedir auxílio aos avós paternos do filho, já que estes possuem meios económicos abastados e ainda não sabem que têm um neto.
Nem só Marta (personagem principal) demonstra uma lição de vida, mas também as histórias das outras mães do lar se tornam surpreendentemente emocionantes e nos transmitem reflexões importantes de amadurecimento, de sonho e desejo por um futuro melhor e de autênticas histórias de coragem.
Este livro é apenas um exemplo de tantas histórias que conhecemos ou que vemos/ouvimos todos os dias falar. Infelizmente, embora com mais informação e novos métodos de contracepção, a gravidez inesperada, não - planeada na adolescência em que “uma criança dá à luz outra criança”, continua a ser bastante frequente e, muitas das vezes, quando estas jovens necessitam mais do apoio da família, dos amigos, da sociedade em geral, é quando se deparam com o “virar das costas” com preconceitos, falsidades e hipocrisias, discriminações. Embora a sociedade evolua, continua estagnada a estas circunstâncias, muitas vezes, gozando, criticando, julgando e nem se lembram que é algo que pode acontecer a qualquer um e é normal.
Aconselho a obra a todas as pessoas de todas as idades, porque embora se remeta para a classe juvenil, este livro torna-se agradável de ler também por adultos. Classifico-o como um livro “para todas as idades”, pois emociona-nos do princípio ao fim!



Cristina Lopes

"O Sorriso das Estrelas" de Nicholas Sparks

O livro Sorriso das Estrelas é um livro de Nicholas Sparks, sobre o verdadeiro amor, sobre o verdadeiro sentido das palavras e sobre a arte de escrever de Sparks, que nos leva a olhar a vida com outros olhos, não olhos de ver mas sim os olhos de sentir, de sentir o quão o amor nos pode fazer bem.
Nunca julguem um livro pela sua capa, mas existe algo numa lua cheia misteriosa num céu vagamente iluminado pela noite, levando o seu enevoado reflexo sobre o horizonte e sobre as águas tranquilas de uma costa rochosa, que evoca um sentido profundo de desejo e nostalgia e que nos faz querer apaixonar. E foi exactamente este retrato da capa que me levou a escolher O Sorriso das Estrelas.
À primeira vista, estava à espera de ser uma história comovente sim, mas também uma história de amor previsível. Mas à medida que a história se foi desenrolando, fui descobrindo uma história de amor e sacrifício mais sensível e inspiradora do que algo que já tenha lido. O Sorriso das Estrelas é sem dúvida um clássico dentro deste género.
A protagonista, Adrienne Willis, é uma mulher perto dos sessenta anos e mãe, divorciada, de três adolescentes. A tragédia abate-se sobre eles quando a filha de Adrienne perde o marido devido a um cancro e na sua depressão começa a negligenciar os seus dois filhos. Agora, Adrienne chega à conclusão de que está na altura de confidenciar à sua filha um segredo seu que está escondido há mais de 14 anos. Sendo assim, um dia, durante um chá, Adrienne narrou a história do homem que lhe fez recuperar a esperança e a coragem de viver que ela pensava ter perdido para sempre, o homem que lhe mostrou o verdadeiro significado do amor e que se tornou no seu anjo da guarda para sempre, um homem chamado Paul Flanner. Três anos depois do seu marido a ter trocado por uma mulher mais nova, Adrienne trabalhou como bibliotecária em part-time, para sobreviver e cuidar do seu pai doente, que exigia assistência médica 24 horas por dia. Então, quando questionada por uma amiga, para ficar à frente de uma estalagem em Rodanthe por um fim-de-semana, Adrienne aceitou prontamente, esperando alcançar a paz e o relaxamento que ela tanto desejava. Mal ela sabia que um encontro crucial com um completo estranho a esperava. Uma terrível tempestade estava prevista para o dia em que o Dr. Paul Flanner chegou a Rodanthe, para visitar o marido de uma das suas pacientes falecidas. A par de um divórcio complicado e esperando fazer as pazes com o seu distante filho, Paul, assim como Adrienne, também estava a tentar curar o seu coração partido. Este hóspede, Paul, apesar de ser bonito e inteligente, era um homem cheio de problemas e dúvidas. Quando se viram pela primeira vez, não puderam esconder a enorme atracção que sentiram um pelo outro e com o passar do tempo acabaram mesmo por se envolver. Por isso, não foi novidade nenhuma que estas duas almas perdidas procurassem consolação (e amor) uma na outra. Enquanto os dois lutavam para que os seus sentimentos se mantivessem sem serem notados, o ambiente da pequena cidade adormecida, o calor e o acolhimento da estalagem e a intensidade das suas emoções levou a que acabassem nos braços um do outro, alterando assim a vida um do outro para sempre. Mas, apesar do desabrochar do amor deles, nem Paul nem Adrienne podiam esquecer as suas responsabilidades perante os seus filhos e foram levados a fazer uma jura de amor de que iriam ficar juntos, um dia. E durante a sua separação, eles mantiveram esta promessa viva, mas Paul parte para o Equador na esperança de passar mais tempo com o filho, porque dava mais valor à sua carreira de médico do que à família. Após ter conseguido resolver todos os problemas familiares tem um acidente mortal ao salvar o filho, e este acto altruísta separou Adrienne e Paul para sempre.
Adrienne sabe da notícia através do filho de Paul, que lhe entrega pessoalmente as cartas que esta tinha escrito para Paul enquanto este estava no Equador. O Sorriso das Estrelas não é apenas uma história de amor, mas sim sobre morrer por aquele que amamos e perdoar aquele que morre por nós. É sobre o amor que sobrevive à morte por toda a eternidade.
– “Amo-te por tudo o que partilhamos e já te amo, por antecipação, por tudo o que ainda temos para viver.” (esta é uma frase escrita por Paul numa das cartas que escreve a Adrienne) – “…agora estava tudo acabado, tudo menos as recordações e essas eram mantidas com carinhos infinitos.” (uma das frases do final do livro que mostra de forma muito clara a razão que levou Adrienne a contar o seu segredo à filha; queria dar-lhe força). O Sorriso das Estrelas é todo ele sobre o amor, sacrifício, perdão, esperança e, claro, a força para continuar, e estas são emoções que falam uma língua universal. É um livro para lágrimas, suspiros e pena, mas principalmente uma inspiração para viver.A moral desta história é que nunca se deve desistir da vida mesmo que esta nos corra mal, porque nunca se sabe quando podemos passar por momentos de enorme felicidade.
E sobre a literatura de Nicholas Sparks, penso que ele domina a narrativa com total eficácia e explora sentimentalmente as personagens com o objectivo de influenciar o comportamento dos leitores, portanto eu adorei ler o livro, porque é incrível a força que esta mulher tem para continuar, apesar de tudo lhe correr mal. Mas a vida não é só feita de desagrados. Ao longo deste livro, podemos encontrar muitas coisas alegres, como o amor verdadeiro de Adrienne por Paul e vice-versa, pois nem todas as pessoas podem dizer que viveram alguma vez um amor assim.
Sparks é, sem dúvida, um dos melhores artistas na arte de escrever. Ele tem a necessidade de respirar as palavras e com elas criar a dádiva da escrita, pois ele, na minha opinião, faz-nos sonhar, mas ao mesmo tempo aprendemos que há sempre um lado bom nas coisas más da vida e é esse lado bom que devemos valorar.
Penso, então, que este livro está optimamente bem concebido.

Sara Ramos

"Receitas de Amor" de Anthony Capella

A obra “Receitas de Amor”, de Anthony Capella, apresenta-se quase como um roteiro gastronómico pelos pratos italianos. Do Antipasto ao Ricette, a obra divide-se em capítulos que mais não são do que partes da típica refeição italiana, “uma sequência viva de sensações em que o estaladiço alterna com o tenro e o fofo, o picante com o suave, o variável com o básico, o elaborado com o simples…”[1]. Também esta obra é um pouco assim: diferente, inconstante e muito enriquecedora.
Sob o palco da cidade eterna, Roma, as personagens envolvem-se num carrossel de emoções e relações convergentes; da romântica Laura, a musa ingénua e idealista, ao romântico e talentoso Bruno, passando por Tommaso, o típico homem comum, todos se modelam e transformam de forma impressionante ao longo da acção. Embora o final seja o mais esperado, a história evolui de tal forma que é impossível prever o rumo que cada uma das tramas vai tomar, cruzando-se e separando-se de forma tão intrínseca mas, ao mesmo tempo, tão sustentada, que nos leva a ficar presos à leitura.
Os pratos típicos da cozinha italiana misturam-se com as inovações culinárias, deixando-nos quase que deliciados apenas com a descrição dos cheiros e sabores que vão sendo aprimorados ao longo da obra.
Como em tudo, há alguns pequenos senãos: a exaustiva descrição dos pratos a confeccionar, embora forneça todo um novo ponto de vista sobre a arte de cozinhar, torna-se por vezes um pouco aborrecida, principalmente porque nos faz ansiar por provar tais pratos e (infelizmente) os livros ainda não desenvolveram a capacidade de transmitir aromas, deixando assim à nossa imaginação reproduzir os fantasiosos cheiros descritos e deixar-nos com água na boca.
Mas não só neste facto a leitura deste livro se torna um pouco frustrante; também o assistir, impotente, ao desenrolar das acções numa quase previsível teia de encontros e reencontros, torna-o, por vezes, ligeiramente entediante.
Não penso que isto seja, no entanto, uma crítica negativa tão grave. Actualmente é difícil ser original, com a enorme difusão de informação e as mentes ávidas dos leitores, qualquer caminho que o autor escolha será sempre uma possibilidade já repensada. E Capella conseguiu algumas reviravoltas bastante interessantes ao longo desta trama, isso é inegável.
Ao longo da obra, existe uma quase vontade a “abanar” o passivo Bruno, que contar a verdade à inocente Laura e de maldizer o pretensioso Tommaso; mas mais do que um aspecto negativo, isto só indica a capacidade que o autor teve para nos transportar para dentro da obra, para nos fazer senti-la como se fosse nossa.
Penso que é aí que reside a grande vitória do autor, ou talvez da história: no retratar “realidades reais”, não “cor-de-rosa” ou amenizadas, no fazer-nos crer que nem tudo é o que parece e há sempre algo a mais para além do que julgávamos possível. O importante é acreditar.


Cátia Soares



[1]CAPELLA, Anthony, Receitas de Amor (2005), Lisboa, ASA Editores, p.5.

"A Vida num sopro" de José Rodrigues dos Santos

O livro A Vida num sopro foi, até ao momento, o livro que, sem dúvida, maior prazer me ofereceu sempre que desfrutava da sua leitura. Com toda a certeza, posso afirmar que nos momentos ocupados a desfrutar uma lindíssima história de amor, tantas vezes condicionados por situações tão banais e tão quotidianas, mas que se revelarão fatídicas para o desencadeamento de um final feliz, eu dava por mim quase a entrar na história, como se mais uma personagem fosse.
Sendo esta uma história de amor, poderíamos pensar e tentar adivinhar o desenrolar da relação ou, até mesmo, como a mesma terminaria. Porém, com este livro, tudo é diferente. O desenrolar da obra vai se tornando cada vez mas surpreendente, alterando-se inesperadamente com o aparecimento de situações exteriores, e que se revelam fundamentais para o romance de Luís Afonso e Ana Amélia.
Este romance cinematográfico tem a pouca sorte de acontecer numa sociedade conservadora e cheia de pudores, influenciada por “a moda” dos regimes ditatoriais do séc. XX, sobretudo na Europa Ocidental. Este infortúnio do casal, apaixonado desde os tempos de adolescentes, vai-se revelar fatal para o desfecho das suas vidas, inteiramente controlado por factos exteriores, deixando que as vidas deste casal fujam ao seu controle, tornando-os, quase, como meros espectadores dos acontecimentos infelizes que a vida inoportunamente lhes ofereceu.
Toda esta catastrófica ideia do “estar no local errado, à hora errada”, vai se revelar fatídica para o fim da relação dos dois amantes, dando origem ao final negro e trágico que evidencia o lado nefasto dos regimes ditatoriais, que à custa dos seus caprichos nacionalistas, fizeram vítimas, tantas pessoas inocentes que, talvez em outra época, poderiam ter vivido uma linda história de amor como tantas outras.
Relativamente ao tempo de leitura, confesso que li este romance de rajada, embrenhei-me na história como há muito não acontecia, daí que tenha lido em pouco tempo um livro com aproximadamente 700 páginas.
As provas de que eu verdadeiramente fiquei apaixonada por esta história, foram as minhas reacções a momentos específicos da leitura, a saber, dei por mim a ler à gargalhada com as discussões políticas entre Luís e o seu amigo Fernando; ficava embevecida com os passeios românticos de Amélia e a sua cara-metade; barafustei impacientemente com a intransigência da PVDE e quando pensava que nada mais me surpreenderia, o desenlace trágico desta história emocionou-me (eu que até então não me emocionava com ficção!).
Esta obra, A Vida num sopro de José Rodrigues dos Santos, enquadra-se nos temas do Projecto As Cinco Portas da Leitura, visto que, semelhantemente à obra Os Maias de Eça de Queirós, se revela um romance trágico.
Mas, para além deste elemento em comum, eu concluí que para me ter interessado tanto por esta história, ao ler, tive que envolver todos os sentidos. Pois, só através da visão mental dos passeios matinais dos dois apaixonados, através da imaginação do cheiro da feijoada da pensão ou da audição ideal dos espectáculos do Parque Mayer… foi possível estimar toda esta história, que sem dúvida permanecerá na minha memória por um longo período de tempo.

Ana Morais

domingo, 15 de março de 2009

"Sapatos de Rebuçado" de Joanne Harris

Sapatos de Rebuçado é o regresso inesperado de Chocolate, de Joanne Harris. Um romance cheio de intrigas, magia, bem e mal, feitiços e sobretudo chocolate!
Este maravilhoso livro descreve-nos a continuação da história de Vianne Rocher e as suas filhas Anouk e Rossete que abandonaram a pequena aldeia de Lansquenet-Sur-Tannes, mudando-se para os arredores de Paris. Vianne abriu uma loja de chocolates por cima da qual morava e parecia ter finalmente encontrado paz. Porém, tudo se altera quando uma mulher com uns sapatos de rebuçado, Zozie de l’ Alba, entra nas suas vidas, e tudo começa a mudar.
Mas esta nova amizade não é o que parece ser. Insensível, tentadora e maldosa, Zozie pretende nada mais, nada menos do que destruir as suas vidas. Vianne encontra-se perante uma escolha difícil: fugir, tal como fez das outras vezes, ou confrontar o seu pior inimigo … Ela própria!
Um livro surpreendentemente fabuloso que prende da primeira à última página, sempre com novos acontecimentos, intrigas e magia.
O livro centra-se em 3 personagens, o que dá mais vontade de ler, com características e personalidades diferentes, uma obra fulminante de magia e chocolate.
A linguagem do livro é clara, descritiva e objectiva, de fácil leitura.
Este livro despertou-me diferentes comportamentos, tais como ansiedade de ler cada vez mais, alegria de alguns acontecimentos engraçados, tristeza quando algo de mal acontecia, etc.
Aconselho-o a todos os que gostam de iguarias, sabores, magia, pois este é, sem dúvida, o melhor livro para ler, uma leitura calma e divertida.
A frase que gostei mais do livro foi: “Tudo está interligado, o mal cometido numa parte do mundo é compensado pelo seu oposto na outra. Não há luz sem trevas, o Bem não existe sem o mal, nem a ofensa sem a vingança”
Gostei desta frase, porque a autora quer transmitir as coisas como elas são e tudo está interligado.

João Garcia

Jogo Dramático




No dia 7 de Janeiro, a aula de Português foi diferente. A nossa professora pôs-nos a fazer de improviso um jogo dramático a partir de uma situação que consistia na presença de quatro personagens em palco, sendo três delas retiradas do texto dramático “Frei Luís de Sousa” de Almeida Garrett, a quarta personagem era um dos alunos da turma, desempenhando o seu próprio papel – aluno. A situação vivenciada na aula tinha como ponto de partida o encontro de Telmo, Maria e um aluno com o rei D. Sebastião, regressado de Alcácer-Quibir.
A representação foi muito interessante, pois o diálogo que se estabeleceu entre os quatro intervenientes, justificando a presença do aluno com a máquina do tempo, que permitiu, por avaria, o regresso ao século XVII e a este encontro inesperado entre a realidade e a ficção. Outro ponto de interesse da representação foi a forma como os «actores» conseguiram envolver o público na dramatização, as opiniões que foram emitindo acerca dos dois séculos, tão diferentes, mas tão semelhantes na crise que se está a viver.
Valeu a pena o esforço despendido e o tempo passado com esta actividade, pois a «brincar» também se aprende.

Os Maias: Situação política, social, económica e cultural de Portugal


No dia 15 de Janeiro, decorreu no Auditório da Escola Secundária de Seia, pelas 8h e 30m a palestra “Os Maias: situação política, social, económica e cultural de Portugal”, dinamizada pela Dr.ª Conceição Saraiva, docente de História desta Escola.
A palestra contou com a presença dos alunos das turmas A, D e I do 11º ano e respectivos professores, inseridos no desenvolvimento do Projecto “As 5 Portas da Leitura: promoção do livro e da leitura”, promovido pela Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos.
No decurso da palestra foram abordados vários assuntos relacionados com a obra Os Maias de Eça de Queirós, nomeadamente as lutas liberais, a Geração de 70, as Conferências do Casino, o Realismo na Arte e na Literatura. Com esta actividade ficámos a conhecer melhor o contexto da época e a compreender melhor algumas personagens da obra em questão, especialmente Afonso da Maia e a sua posição de desencanto perante a sociedade portuguesa.
Foi uma actividade muito gratificante para todos os presentes e que nos ajudará a todos a compreendermos melhor a sociedade portuguesa retratada n’ Os Maias de Eça de Queirós

Palestra "A situação política, económica, cultural e social de Portugal e do Brasil na época Vieira



Decorreu no dia 14 de Outubro, no Auditório da Escola Secundária de Seia, a palestra “Situação política, económica, cultural e social de Portugal e do Brasil na época do Padre António Vieira”, dinamizada pela Dr.ª Conceição Saraiva, docente de História desta escola.
A palestra contou com a presença dos alunos das turmas A, D e I do 11º ano, inseridas no Projecto “As 5 Portas da Leitura: promoção do livro e da leitura”.
A actividade foi muito interessante, pois deu-nos uma visão muito concreta da época do Padre António Vieira, quer da situação conturbada que se vivia em Portugal quer da situação dramática vivida pelos escravos no Brasil.

Oficina "Orquestra de Palavras - Sermão de Santo António aos Peixes"



O projecto “As 5 portas da Leitura: Promoção do Livro e da Leitura”, criado pela professora de Português Manuela Silva, tem como objectivo incentivar a leitura, principalmente, por parte dos jovens, mostrando que esta é mais do que um bem essencial, é um dever, uma necessidade, um direito que devia ser de todos nós, na medida em que é ela que nos proporciona os recursos necessários para conhecer o que nos rodeia e para nos descobrir a nós mesmos.
O projecto apresenta-se como um desafio ambicioso que nos leva a percepcionar as palavras através das 5 portas, ou seja, os 5 sentidos. Ao longo do ano lectivo, várias actividades vão ser desenvolvidas neste sentido, de modo a promover a leitura e a permitir ao jovem saborear as palavras, observar as palavras, ouvir as palavras, cheirar as palavras, tocar as palavras e, mais que isso, deixar que elas nos toquem a nós.
No âmbito deste projecto, nos dias 20 e 21 de Outubro, as turmas A, D e I do 11º ano da Escola Secundária de Seia participaram na oficina dinamizada por Paulo Condessa.
Esta primeira oficina, sem grandes objectivos educativos, foi necessária para nos estimular à percepção dos sentidos que as palavras nos despertam.
Denominada “Oficina – Orquestra de Palavras – Sermão do Padre António Vieira aos Peixes”, a actividade levou-nos a descobrir diferentes significados das palavras, explorando-as com os nossos 5 sentidos.
A oficina teve duas sessões, onde as turmas estavam divididas. Ambas as se iniciaram com uma visita ao interior da nossa mente, acompanhada por uma sonoridade relaxante, um odor intensamente penetrante e um voz tranquilizadora que nos guiava pela nossa imaginação à descoberta de novos mundos guardados no mais íntimo do nosso inconsciente. Mundos nunca dantes visitados e que, surpreendentemente, nos forneciam respostas para questões que nós próprios desconhecíamos, mas que se relacionavam com variados aspectos da nossa vida.
Seguidamente, procedeu-se a um momento de partilha de experiências com o grupo, trabalhando em pares e falando acerca da nossa experiência. A partilha foi-se, aos poucos e poucos, tornando mais complexa, através da adição de gestos e sons à declamação dos textos poéticos . As actividades foram então direccionadas mais directamente ao Sermão de Santo António aos Peixes, do Padre António Vieira, obra que se insere no programa de Português do 11.º ano.
No final de cada sessão, procedeu-se à avaliação das aprendizagens e do significado que esta actividade teve para cada um de nós, bem como da importância que poderá vir a ter na nossa vida.
Para nós, foi uma actividade muito enriquecedora na medida em que nos proporcionou recursos para podermos ser mais felizes, refugiando-nos nos recantos do mais íntimo de cada um de nós.


Ana Morais & Cátia Soares

Texto crítico sobre a obra Beijos de Chocolate, de Alice Vaara



A obra Beijos de chocolate, de Alice Vaara, foi para mim uma agradável surpresa a nível literário. Tão doce e efémero como o chocolate, esta história de aventuras e desventuras amorosas prende da primeira à última página, pecando talvez pela previsibilidade do final, um pouco “romanceado”.
Apreciei bastante a linguagem corrente, que permite fácil identificação com as personagens retratadas. Também verifiquei que existiu consistência na construção destas e, ao longo da obra, uma coerência que realmente contribui para o sucesso da mesma.
Não sendo uma obra-prima, a história conquista pela sua simplicidade e realismo, na medida em que as personagens e situações referidas são de carácter vulgar na vida rotineira de todos nós.
O mote da obra, os bombons Beijos de chocolate, apresenta-se como uma constante ao longo da mesma, quase como figurantes silenciosos, mas determinantes em todos os momentos da acção, desde as desilusões amorosas, às conversas brejeiras e às comemorações súbitas. A tudo isto se juntam ricas e variadas descrições de pratos culinários, que vão guiando o nosso paladar ao longo das páginas.
Há que destacar, talvez como aspecto mais marcante, a rápida sequência de acontecimentos e a sua apresentação mediante vários pontos de vista, em sucessões rápidas e oportunas, com carácter quase cinematográfico, o que confere um dinamismo único e muito interessante à história.
Também é importante mencionar as várias referências culturais, nomeadamente em relação à sociedade e aos costumes alemães, país onde decorre a maior parte da acção, e que aguçam o interesse, permitindo uma maior contextualização temporal e espacial.
No entanto, nem tudo foram pontos positivos; a rápida sucessão dos acontecimentos várias vezes nos dá a sensação de estarmos como que perdidos no meio da acção e, não acompanhando devidamente a evolução das personagens, a história não nos pode tocar de forma tão profunda como poderia suceder se o estilo narrativo fosse diferente.
Além disso, o uso de lugares comuns e o facto do final da história se começar a delinear ainda longe do fim da obra retira parte do mérito conseguido com os mordazes diálogos e súbitas reviravoltas nalguns (poucos) pontos da história.
Termino assim por dizer que o balanço é positivo; esta obra contém todos os ingredientes para uma leitura relaxada e divertida: romance, comédia, episódios quotidianos… e a cereja no topo do bolo, descrições deliciosas que, tal como beijos com sabor a chocolate, nos deixam a pedir por mais.

Cátia Soares

"Chocolate" de Joanne Harris



A obra “Chocolate”, de Joanne Harris, é um romance com sabor a chocolate recheado de sabores e afectos, que prende da primeira à última página.
A obra relata a maravilhosa história de Vianne Rocher e a sua filha Anouk, viajantes do mundo, que agora querem abrir um negócio aromático e desejoso, na pequena aldeia de Lansquenet-sur-Tannes. Mas elas vão se confrontar com vários obstáculos, sendo o maior problema a igreja!
Este livro foi dos melhores que eu já li até agora, porque a autora descreve o livro de uma maneira muito minuciosa, tão sublime, quase perfeita, é como se sentisse o cheiro e saboreasse os diferentes tipos de iguarias que na obra retrata, só faltava as páginas serem de chocolate.
Apreciei a linguagem utilizada, embora houvesse algumas palavras um pouco incompreensíveis. A autora utiliza um vocabulário muito complexo sendo por vezes difícil a leitura.
Durante a leitura do livro apercebi-me que a autora desenvolve uma arte: a de fazer as pessoas felizes através da química do chocolate e do poder da palavra.
A leitura deste livro despertou-me vários sentimentos (alegria, frustração, raiva, medo…), fez-me reflectir que uma pessoa nunca pode desistir dos seus objectivos, mesmo que muitos obstáculos se atravessem no nosso caminho. Agir com perseverança e coragem é o bastante para atingirmos os nossos fins.
A frase que gostei mais do livro foi: “Felicidade. Tão simples como um copo de chocolate, tão tortuosa como o coração. Amarga. Doce. Viva.” Esta frase trouxe-me um sentimento muito forte, porque a vida está repleta de bons e maus momentos, assim a autora compara o chocolate com a vida.

João Garcia nº9 11ºD

"O Codex 632" de José Rodrigues dos Santos


O livro de José Rodrigues dos Santos, Codex 632, editado em 2005, é uma tese atraente sobre a verdadeira nacionalidade de Cristóvão Colombo. Relacionando, assim, as temáticas dos Descobrimentos e a origem do descobridor da América.
Cristóvão Colombo será genovês, catalão ou português? A acção do livro centra-se na investigação de um experiente investigador que parece chegar à conclusão de que Colombo é mais um descobridor nacional. Esta tese é confirmada com base em documentos históricos e genuínos, que associados a argumentos expostos de um modo evidente pelo autor, facilitam a leitura da obra.
Sendo assim, e apoiando-se em falhas do percurso do navegador cuja missão e identidade geram, ainda, muita duvida e polémica…, o autor vai-nos revelando os vários argumentos (postura, estatuto social/económico, profissão, costumes…) que nunca poderiam dar outra nacionalidade a Colombo senão a portuguesa!
O autor, também, procura desmistificar o porquê de tanta polémica em torno desta questão, tornando, assim, a leitura mais atractiva e clara!
Mas, aliado a esta investigação temos todo um outro enredo associado. Nada mais, nada menos que o desenrolar da vida dos investigadores da tese já referenciada e que tornam a leitura muito mais entusiasmante e empolgante, não sendo tão pesado como os factos e documentos históricos que vão sendo apresentados. Catapultando, assim, o amor, a traição, a tristeza, a família, a morte… Assuntos do nosso quotidiano que nos envolvem de tal maneira, como se nós mesmos entrássemos no papel daqueles personagens. O que significa que está bem conseguido pelo autor!
Gostei imenso de ler este livro, já best-seller e editado em várias línguas, não só porque gosto de história, mas também porque envolve muita mística e polémica que ao mesmo tempo se tornam bastante claras através do desenrolar da acção…


Ana Morais
11ºD N. 3

"Um pequeno grande amor" de Fátima Lopes



“Um pequeno grande amor” de Fátima Lopes retrata como assunto principal duas crianças que têm em comum serem filhas de pais divorciados, vivendo as duas em ambientes não propícios para as suas idades, entre a divisão do amor e do carinho, disputas, ausências, discussões.
Achei esta obra muito actual e real, enquadrando-se inteiramente nos nossos dias, à “moda” dos casais actuais que é o divórcio e das experiências sentidas pelos filhos nessas situações, evidenciando os sentimentos gerados. Por vezes, os pais, ao separarem-se, encontram-se tão abalados por essa situação, ocupados com discussões frequentes, disputas de bens e dos próprios filhos como se fossem coisas, que não se lembram dos seus sentimentos nem de formas para amenizar a situação para com os filhos, para que estes não sofram tanto com a mudança de vida. Além de relatar o divórcio, também evidencia a ausência de uma mãe, trocando o tempo que deveria entregar à sua filha, o amor, o carinho, etc. por trabalho e coisas fúteis como saídas com amigas e passatempos.
Esta obra fez-me relembrar situações de pessoas que conheço e causou-me muita revolta, pelo facto de ser verdade e por haver pais que se concentram tanto nos seus jogos de ganhas e perdas, nas suas frustrações, problemas, trabalhos, divertimentos, … que não se lembram que têm filhos que precisam do apoio, amizade, amor, carinho, presença, educação, ajuda, mimos, palavras, sermões, cuidados, … da parte deles. Pois, acho que os verdadeiros pais, na essência original da palavra, são os que fazem tudo isso, sentem e demonstram um amor incondicional pelos seus filhos, porque está muito mais que comprovado que qualquer criança precisa de amor e o dos pais é essencial porque o amor, a presença e a educação são fundamentais para que a criança se torne uma boa cidadã. Em qualquer educação é necessário que se transmitam bons valores em paz, benevolência e amor. Se uma criança cresce num ambiente de revoltas, guerras e discussões é normal que tenha grandes dificuldades, no futuro, de uma inserção adequada na sociedade, nos estudos, nos caminhos considerados universalmente como correctos. Os mais velhos costumam pronunciar frases do tipo “esta juventude”, “no meu tempo não era nada assim”, “esta juventude agora está muito mal criada”, “já não têm respeito por ninguém”, mas é normal isto acontecer porque os jovens imitam aquilo que vêem essencialmente nos seus progenitores nos primeiros anos de vida.
Este livro é de fácil compreensão, leitura, muito objectivo e claro, é entusiasmante e desperta em nós o desejo de lermos sem parar até ao fim, tornando-se entusiasmante pelo seu carácter de realidade e actualidade, pondo-nos no papel das personagens muito facilmente e levando-nos a reflectir sobre nós mesmos e sobre pessoas que conhecemos, despertando em nós os mesmos sentimentos sentidos pelas personagens.
Se pudesse, recomendava este livro a todos os pais, principalmente aos mais ausentes e àqueles que estão a pensar divorciar-se, para que façam de tudo de forma a amenizar os conflitos, para que os filhos não sofram nem fiquem com rancores nem traumas.

João Seabra

Texto crítico – Sermão de Santo António aos Peixes

Confesso que fiquei bastante surpreendida com todo o sermão, pois esperava que fosse uma coisa mais maçadora (devido à época em que foi escrito). Mas parece que estava enganada! Surpreendi-me!
Principalmente devido à perspicácia e inteligência do Padre António Vieira em falar aos peixes a fim de atingir toda a classe humana, pretendendo que esta reconhecesse os seus erros e pecados, podendo melhorar, tornando assim o mundo um local muito mais justo…
Apesar de ter gostado do sermão no geral, foram duas as passagens que mais me surpreenderam:
A 1ª: “Ao menos tem os peixes duas boas calidades de ouvintes: ouvem, e não falam. Uma só cousa pudera desconsolar o Pregador, que é serem gente os peixes, que se não há de converter. Mas esta dor é tão ordinária, que já pelo costume quasi se não sente…”
(Cap. II, ls 1 a 4)

O Padre António, como já referi, falava aos peixes, mas pretendia criticar os Homens, ou seja, é um sermão alegórico. Mas ele considera os peixes bons ouvintes, muito melhores que os ouvintes humanos. Uma vez que estes ouviam e calavam, enquanto as pessoas, mesmo antes de terminarem de ouvir, já estão a criticar, a tecer opiniões…, não dando oportunidade ao Pregador de acabar a sua tese, de usar os argumentos adequados à situação, não deixando exemplificar com situações concretas para ser de mais fácil compreensão…
Actualmente, o ouvinte já só está preparado para ouvir aquilo que lhe interessa, que provavelmente lhe agradará. Ouve assuntos de acordo com o seu estatuto, com a sua profissão, com os seus passatempos favoritos… Não está preparado para ouvir profundas dissertações sobre os valores morais, por exemplo. Ou, então, não está tão disposto a ouvir todos os problemas que o mundo tem (fome, pobreza, guerra, conflitos religiosos…) e propor possíveis soluções, como está tão pronto para ouvir um relato de futebol e discuti-lo com um grupo de amigos…
Estes exemplos que mostram que os ouvintes humanos na maioria das vezes não ouvem o Pregador, só provam que o Sermão do Padre António Vieira ainda se mantém intemporal. E que os maus costumes que os Homens ouvintes têm de não prestar atenção ao Pregador é uma constante na Sociedade e, provavelmente, sempre o será!

A 2ª: “Não estendeu as asas para subir, encolheu-as para descer…”
(Cap. V, l.171)

Ao longo de todo Sermão é notório um constante elogio a St. António, tornando-o um exemplo para todos os Homens. Este elogio é realçado no Capítulo V, pois o Padre Vieira, refere que Santo António era bastante humilde, apesar de ter bastantes conhecimentos e ser um homem muito experiente, não usou isso para se beneficiar de maneira alguma. St. António foi humilde e guardou esses conhecimentos para si, a fim de viver uma vida humilde e honesta…
Nas sociedades actuais, cada vez mais competitivas, apenas, um escasso número de pessoas é que “encolhem as asas para descer”, na sua maioria, as pessoas sempre que podem “estendem as asas para subir”. É uma questão de sobrevivência.
Perante o cenário de dificuldades actuais, a população necessita de qualquer conhecimento que marca a diferença, ou interessa-se pela mais pequena experiência. Pois todas estas pequenas coisas, permitem “o estender das asas”, facilitam a ascensão a altos voos, por exemplo, profissionais.
Na minha opinião, esta ascensão é positiva, pois necessitamos de ambição, de garra para realizar os nossos objectivos, alcançar os nossos sonhos. Pois só conseguimos isso, se utilizarmos todas as armas que temos que nos permitam “estender as asas para subir”…
É necessário é que essa ambição e esse garra, não sejam levadas ao extremo, porque isso é prejudicial para o ser humano. Já se diz há muito: “Quem tudo quer, tudo perde!”.
Temos que ter destreza suficiente para perceber quando já não é possível subir mais e resta-nos apenas descer. O que pode ser bom, uma vez que é um reconhecimento de humildade (um valor em falta nas sociedades actuais)!...

Ana Morais

Sermão a um grupo de amigos


I

Um amigo é um tesouro.

Meus amigos, vós sois um tesouro. Algo único, insubstituível, inestimável. Tal como um tesouro, sois difícil de encontrar, árduo de manter e maravilhoso de possuir.
Se um tesouro é riqueza e a riqueza é um pressuposto para a felicidade, também a amizade é uma condição essencial para construirmos o nosso caminho, rumo àquilo que a vida nos reserva.
Esta amizade, um conceito quase impossível de definir, é um sentimento de alegria, de satisfação plena, algo que todos desejamos, mas poucos conseguem atingir. Algo guardado no cantinho mais recôndito de nós, mas com uma importância inimaginável nas nossas vidas.
Por isso, meus amigos, atestado que está o carácter valiosíssimo e indispensável do grande tesouro da amizade, falo-vos directamente, louvando as vossas qualidades e pondo a descoberto as vossas pequenas falhas para que possais, e eu também, ser amigos (e pessoas) melhores.




II


Jesus Cristo afirmou que todos nós éramos irmãos. Significará isso que todos nós devemos agir como irmãos, na verdadeira essência da amizade, da solidariedade e da cumplicidade? Talvez. Mas, na prática, não é assim. Todos temos um leque muito vasto de conhecidos, mas são poucos aqueles que consideramos amigos. E porquê? Não há uma fórmula para descobrirmos se a amizade realmente existe; só o tempo, a perseverança e o esforço de ambas as partes nos mostrará se o sentimento é verdadeiro.
Mas e se, reflexão feita, descobrirdes que a vossa relação não é tudo o que julgáveis ser? Será sustentável continuar a lutar por essa suposta amizade? Uma coisa é certa: não há maus amigos. Ou é amigo ou não é. E não adianta, caros companheiros, que vos iludais acerca disso.
Comecemos assim por enumerar os aspectos menos bons no que vos diz respeito. Porque é que, neste mundo agitado e efémero em que vivemos, nada dura para sempre? Porque é que, tendo nós tantas vezes jurado que seria eterno, nos deixámos afastar pela distância e vicissitudes da vida, para não passarmos agora de meros desconhecidos?
O tempo, meus amigos, ou a falta dele, tudo cura e tudo leva. Até os maiores tesouros.

III

Passo agora a louvar as vossas qualidades, que certamente não deixareis de possuir, ou não serieis, garanto-vos, verdadeiros amigos; o companheirismo, a cumplicidade, aquele estar sempre lá, muitas vezes ignorado, mas provavelmente o diamante mais resistente do grande tesouro da amizade.
O respeito, que precede qualquer relação e que nos permite conhecermo-nos mutuamente, deixando que o brilho da tão preciosa amizade inunde a nossa vida.
Outra característica que reconheço em vós, amigos, é a perseverança. A capacidade, tão admirável, de insistir na nossa relação, mesmo quando tudo se parece desmoronar. E isso, não há tesouro algum que pague.
Obrigada por me ouvirdes e por partilhardes comigo as vossas vidas. Por isso vos aprecio e vos louvo. Se vós sois a família que tive a oportunidade de escolher, a fortuna esteve do meu lado. E não podia ter sido agraciado com tesouro maior.



IV

Para concluir, vos advirto, meus amigos: enquanto o cobre e o ferro se corroem e desaparecem com o tempo, o ouro e os diamantes que com eles se formaram perduram pelos anos, pelos séculos; enfim, pela eternidade.
Também vós, amigos, sois como estes metais preciosos. Nunca vos deixeis degradar.
Porque uma vez conquistados, meus tesouros, nunca mais vos podemos deixar ir. Um tesouro material, constituído por pequenos grãos que se vão agregando ao longo do tempo, escondido longe de tudo e todos e, dirão os mais imaginativos, trancado num cofre carcomido, enterrado algures numa ilha deserta e marcado com um X num mapa amarelecido, não é mais precioso do que vós. Não há mapas para vos encontrar, meus amigos. Nem contas a prazo para vos manter. Só temos de ser os melhores amigos que conseguirmos, e esperar que isso seja o suficiente.
“Um amigo é um cofre escondido, porque se conseguirmos encontrar a chave que o abre, descobriremos onde reside o nosso verdadeiro tesouro.”


Cátia Soares n.º4
Dzmitry Lazakovich n.º6
João Garcia n.º9



Sermão a um ex-namorado


O amor é como a lua, quando não cresce, mingua.


I


A ti, meu ex-namorado, que me prometeste mil e uma coisas, que me fizeste acreditar que éramos únicos e que iria durar para sempre, que me fizeste sonhar com o impossível, que dizes ser a vítima de como tudo acabou, mas que no fundo ambos sabemos que somos os dois culpados, de tudo e de nada. Como é que acabou? Será que eu tentei e tu não tentaste? Será que eu não tentei e tu tentaste? Será que tentámos os dois? Será que nenhum de nós tentou? Só nós sabemos a resposta, mas parece que é tão óbvio que nenhum parece saber responder.
Uma resolução para o nosso problema fica por ser desvendada, pois não sabemos o que correu mal e o que poderia voltar a correr bem.
Durante dois anos sempre correu tudo muito bem, estávamos sempre lá para ouvir e aconselhar um ao outro, divertíamo-nos juntos e tínhamos as nossas brincadeiras que ninguém entendia, tempos infinitos passámos juntos, mas para nós pareciam segundos que não queríamos que acabassem.
Mas, no fim, a nossa cumplicidade foi interrompida e não sabemos porquê. Apenas ficaremos com a certeza daquilo tão imenso que vivemos, com as memórias daquilo que sentimos, com a recordação de que tudo foi verdadeiro... terá sido?


II


Ó homens que nos encheis de esperança, que dizem a palavra AMOR sem a sentirem, que transformam um sentimento tão mágico numa banalidade do dia-a-dia, a vós, nos dirigimos como julgadores daquilo que nós próprios desconhecemos.
O sentimento de amor, que todos dizemos ter sentido, mas que no fundo pouca gente o sente verdadeiramente, que muitos dizem espontâneo, é um sentimento em constante transformação, tal como a lua, que cresce e ilumina a Terra e que vai desaparecendo lentamente, o amor, quando é sentido verdadeiramente, cresce e ilumina os nossos corações e depois, graças a pequenas trivialidades da vida (que mereciam ser esquecidas, mas não o são), desaparece e transforma-se numa grande desilusão e tristeza para o nosso ser.
Vós homens, que para nós, sóis tão perfeitos, e que apenas no final conhecemos realmente as vossas personalidades, aclamamos estas qualidades e defeitos.



III

Sempre admirei muito em ti, a tua coragem e segurança. Sempre muito seguro de ti mesmo. Nota-se a tua segurança pelo teu andar, olhar arrebatador, até o teu falar tem uma segurança total que consegue persuadir as pessoas para o que queres, e foi assim que me iludiste com essa tua “perfeição”. Corajoso? Sim, pois apesar de saberes que eu não gostava de ti, conseguis-te conquistar o meu coração, aventureiro e senhor do teu mundo, tens coragem para fazer o que te vier à cabeça e apenas isso te interessa.
Protector acima de tudo. Aqueles que amas, realmente, não podem esperar outra coisa de ti senão o teu carinho e protecção. Não há nada que não faças por aqueles que te são mais queridos.
Sensível e trabalhador, que apesar do teu empenho a nível profissional, te empenhaste em cativar a minha atenção e em conquistar-me. Sim trabalhador, pois tiveste que trabalhar muito para chegar onde chegaste. Sensível? Muito, pois compreendeste-me durante o maravilhoso tempo que passámos juntos, sempre me ajudaste em tudo e por isso te agradeço.
Senhor de uma inigualável beleza, pela qual meus olhos ficaram rendidos. Cabelos finos e castanhos que dançam ao som do vento, os teus olhos, também castanhos, que penetram a alma, a tua pele macia, lábios rosados, parece que tudo em ti é pura perfeição.



IV


É também importante sublinhar os defeitos, que são tão ou mais importantes que as virtudes de uma pessoa (e que não o deviam ser).
O teu machismo que te leva a dizer coisas sem sentido, a fazer coisas que nunca pensei que serias capaz, que te faz pensar que tu podes tudo e que eu não posso nada, se não seguir as tuas ordens. Esse teu lado fez-me pensar no que eu queria realmente da nossa relação.
O teu interesse por outras se não eu, fez-me ver que eu era apenas uma diversão para passar algum tempo e isso abriu-me os olhos para o teu maior defeito: o ser mentiroso.
Mentiroso! Sim, e vamos incluir, também, nesta tua faceta, a tua falsidade, o teu cinismo, a tua hipocrisia. Apenas me conseguiste conquistar, mostrando-me aquilo que não eras, iludindo-me com falsas informações, mentiras que me levavam a sonhar bem alto, para que no final, caísse na terra e me apercebesse que tudo não tinha passado de um sonho e de uma ilusão.
O termo do nosso namoro foi muito doloroso para mim, e antes que eu pudesse acabar com a nossa relação, antes que tu acabasses com a minha dignidade, pensei muito bem se seria mesmo aquilo que eu queria, pesando os bons e maus momentos, as verdades e mentiras, tudo aquilo que foi verdadeiro, e aquilo que foi falso.


V


Apesar de tudo o que me fizeste passar, também reconheço que errei. Não te dei a devida importância, não te apoiei o suficiente, não te disse o que realmente sentia e depois culpei-te por não o saberes. Fui egoísta em apenas pensar em mim e deixar-te um pouco de lado. Mas a vida é feita destas coisas, boas e más, temos que aprender a viver com elas.
Depois de tudo o que te disse, espero que, tal como eu, fiques com todas as recordações de quando éramos felizes gravadas no coração e sempre que passares por uma situação idêntica, não cometas os mesmos erros. Eu não os cometerei.
Tudo foi mágico e bonito, agora só temos que aprender a viver com as diferenças de cada um e seguirmos em frente.
Se calhar até já “andas” com alguém, e desejo-vos as maiores felicidades. Já que não o conseguimos juntos, tentemos com outras pessoas.
Solução para o nosso caso, eu penso que só nos resta uma, depois de todas as conclusões que tirei, sejamos amigos… os melhores.



Ana Carolina nº 1
João Seabra nº 10
Patrícia Cruz nº 13
Inês Cipriano nº 22

Sermão de um crente a um padre


Deixados para trás


I


Diga-me, Excelentíssimo Reverendo, o que sabeis vós da vida? O que sabeis vós acerca dos problemas dos crentes antagónicos à Igreja? Que direito tendes vós de julgar aqueles que, de certo modo, são obrigados a violar as leis da Igreja? Pois bem, não foi Jesus Cristo que disse "Quem nunca errou que atire a primeira pedra"? Sendo assim, porque criticais tanto, sem saber verdadeiramente quais as razões que nos levam a tomar certas decisões que podem mudar, na nossa perspectiva, a nossa vida para melhor?
Por mais que queiramos tentar seguir todos os valores da Igreja, nem sempre nos é possível, porque a vida nos prega partidas, por vezes, impossíveis de resolver, de acordo com os nossos valores cristãos. Existem situações na nossa vida que nos obrigam a questionar profundamente as leis que a Igreja nos impõe, vendo-nos obrigados a desobedecer-lhes.
Senhor Padre…Quereis vós que numa relação conjugal haja desrespeito, violência, infidelidade, sentimentos impuros e que esta permaneça conjunta? Não considerais isso uma hipocrisia? Não achais que uma vida predestinada ao sofrimento, à luta, não mereça ser poupada? Não achais que é cruel e desumano, obrigar alguém a viver, sem que a vida desta seja digna? Achais correcto que haja milhares e milhares de crianças a morrer à fome todos os santos dias?
Achais de valor deixá-los para trás?



II



Como crente em Deus que sou, que sigo da melhor maneira todos os valores cristãos, tento sempre me aperfeiçoar, tentando ser, sempre que me possível, solidária com os outros, ajudo quem posso no que posso, tento ser boa filha, estudante, amiga, pessoa, cidadã; procuro e encontro em Deus a salvação, acredito ferozmente na sua existência, recorro-lhe sempre, tanto para agradecer, como para pedir ou ralhar ou desabafar ou para chorar ou para rir… vejo-o como o meu melhor amigo e acho que o conheço razoavelmente para afirmar, Sr. Padre, que Deus quer e insiste na nossa felicidade. E sei, pelo que sinto, pelo que vejo, que tudo o que nos acontece é para a nossa felicidade, até o sofrimento! Por isso, Sr. Padre, tendo em conta tudo o que nos prega, os meus sentimentos relativamente a Deus, todos os seus ensinamentos e palavras, tudo aquilo que Deus me mostra, eu vejo que Ele quer o nosso bem e apenas o nosso bem.
Por que há-de a Igreja ser contra a felicidade das pessoas? Pois, veja bem, Sr. Padre, o divórcio é para o bem das pessoas e para a felicidade. Não é pecado amar outra pessoa, não é pecado fazer a escolha errada, não é pecado cometermos erros, não é pecado descobrirmos que não amamos daquela maneira ou que não nos damos bem. Pecado é fazermos alguém infeliz, tratando mal, humilhando, enganando, traindo, só por dinheiro ou por outra razão qualquer a não ser o amor. Acho, muito sinceramente, que Deus Nosso Senhor, prefere que alguém corrija os seus erros, seja leal, verdadeiro e humilde e admita os seus erros. Pois Deus não considera um verdadeiro casamento se houver traições, violência, ofensas, interesses, ódio. Casamento é amor, lealdade, fidelidade, sexo com amor, uno, carinho, amizade… e se não houver nada disto, o casamento nunca será consumado aos olhos de Deus. “Não separe o Homem aquilo que Deus uniu”- acha que Deus une as pessoas que não amam ou que não têm a certeza ou estão confundidos? Deus sabe quem ama e quem não ama, então apenas ele pode unir. Não é num casamento em frente ao Padre, a dizer e a prometer palavras bonitas que um casal é unido. Deus une alguém, quando essas palavras são verdadeiras e sentidas, apenas aí. Concorda que alguém passe maior parte da sua vida a sofrer de humilhações, maus tratos, violações de todos os tipos? O casal sofre, os filhos sofrem, esses pobres inocentes crescem em ambientes que são tudo menos familiares e propícios para uma boa formação. Que direito tendes vós de proibir as pessoas divorciadas de tomarem a comunhão ou de serem padrinhos? Só Deus poderá julgar seja quem for! Talvez aqueles que são considerados os verdadeiros cristãos aos seus olhos, sejam aqueles que mais pecam e que menos merecem as regalias da Igreja…
Gostais muito de julgar o que não conheceis e criticar. Então, nem comento! Como o aborto… estais certo quando dizeis que é injusto matar vidas humanas. Eu concordo. Mas, vende bem… uma criança não pode sofrer pelo abandono dos pais, pela sua falta de amor, irresponsabilidades, impossibilidades económicas. Tenho a certeza que todas as mães que abortam nunca seriam boas mães, nem nunca dariam aos seus filhos aquilo que precisassem. Às vezes, as coisas não são o que parecem e só Deus sabe o sofrimento de muitas não poderem ter aquele filho. A vida não é fácil, nunca foi e está cada vez mais difícil. É muito difícil criar alguém, dar amor, carinho, felicidade, proporcionar as necessidades básicas, quando não se é amado, não se é feliz, quando não se tem nada, quando ainda não se é completamente maduro, crescido, consciente.
Depois, também não compreendo, não concordais com o aborto, mas também não concordais com o uso de métodos contraceptivos. Diga-me o que é melhor, matar ou prevenir uma morte? Corre-se vários riscos quando não usamos métodos contraceptivos, nos quais não está apenas o risco de engravidar. Estão, também, as várias doenças sexualmente transmissíveis, em que uma delas nem tem cura -SIDA. Ninguém tem culpa dos erros dos outros, por isso, não pode sair prejudicado, pois Deus não gosta de injustiças e é muito injusto quando alguém, na sua bondade e humildade (e ignorância), confia em outrem, acabando por contrair consequências desastrosas. Usar métodos contraceptivos não é pecado, repare que no tempo de Jesus Cristo nem tais coisas existiam e se a verdadeira doutrina e religião é aquela que é ditada por Deus e só por Deus, não pelo Homem, não existe nenhuma passagem na Bíblia que contrarie o uso de métodos contraceptivos, nem pode haver, porque ser inteligente e prevenir futuras consequências tristes e abaláveis não é nem nunca foi pecado. Pois Deus Nosso Senhor é um Ser Generoso, Amigo, Compreensivo, é infinita a sua bondade e não é tolo, pois é dotado de toda a inteligência, apenas Ele sabe tudo, logo nunca poderia discordar de algo que os humanos descobriram para evitar possíveis aborrecimentos, asneiras e pecados.
Como crente que sou, falo com Deus e sinto que quando eu estou triste, ele também está e vejo que, até quando sou eu que erro, Deus diz-me sempre para continuar e para não tornar a fazer o mesmo, eu oiço a sua voz, cá dentro. Sinto que o conheço suficientemente e acho que para afirmar tudo isto é preciso conhecer Deus e sinto que Ele concorda com aquilo que digo. Quero dizer com isto que eu não falo à toa! Eu conheço e convivo com a sociedade e com a vida real e sei que para julgar tem de se ver todos os lados da questão, conhecer as razões, concordar e discordar e saber o porquê muito bem sabido e, finalmente, argumentar.



III

Criticais sem saber porquê e o quê. Não conheceis a verdade, não sabeis nada da vida. Experimentai sair um bocadinho, falar e socializar com pessoas, principalmente com aquelas que sofrem, conheça as suas razões, discuta esses problemas, depois responda-me se concordais com o que digo ou não.
Mais uma vez repito que a vida não é fácil e só Deus conhece todos os lados de certas decisões que tomamos e cabe apenas a ele julgar. As opiniões dos Homens nada valem quando os argumentos são reproduzidos por eles mesmos, no que diz respeito à nossa religião. Não há nada na Bíblia (o livro sagrado ditado por Deus) que discorde de tudo aquilo que referi e, muito menos, que apoie a discriminação. Somos todos filhos de Deus e todos são iguais aos olhos de Deus. As boas acções fazem um cristão e, por isso, se quer pregar a verdadeira doutrina, terá que interpretar melhor a Bíblia, as pessoas e a vida. Tem também que conhecer e conversar com Deus, pois ele tem muita coisa a ensinar-lhe que o senhor ainda não descobriu. Oiça o seu coração, apele à sua generosidade e bondade, marque a diferença e Deus gostará mais, disso eu tenho a certeza. E assim acabo este meu pobre discurso, pedindo-lhe sinceramente para reflectir sobre aquilo que me debrucei e, por favor, lembre-se sempre daquilo que o próprio Deus em carne e osso afirmou: “Quem nunca errou que atire a primeira pedra”.



Trabalho realizado por:
Ana Luísa
Cristina Lopes
Inês Pinto

Sermão de um Filho a seus Pais


Capítulo I


“Tu és a atmosfera de uma Estrela...”

Caros Pais, é a vós que nós, filhas, nos dirigimos:


A união dos laços que ligam os Pais e os seus descendentes, isto é, os seus filhos, é, sem dúvida, a mais eterna das ligações que se podem estabelecer na raça humana. Uma vez que será uma constante, que jamais se poderá anular, esta ligação estará sempre na nossa informação genética, logo não a podemos ignorar, nem pela mínima vontade que se tenha.
Assim, os filhos podem ser comparados às inúmeras estrelas, uma vez que tal e qual como estes astros estão em constante brilho, ou seja, são sempre os meninos dos “olhos dos seus pais”, e aos poucos e poucos adquirem mais conhecimentos, mais experiências...Vão brilhando cada vez mais, vão-se expandindo. Já os pais, neste contexto, são, necessariamente, a atmosfera protectora e envolvente dos seus “astros”.
Por vezes, acontece que estes astros perdem o seu brilho... E porque será que esse brilho se vai perdendo?!? Na nossa opinião, estimados pais, este brilho só se poderá perder devido à respectiva atmosfera. Ou porque esta ofusca o seu brilho, impedindo a sua expansão, ou porque esta atmosfera não possui várias camadas, como a atmosfera terrestre, é como se fosse apenas a troposfera, deixando os astros desamparados, bastante expostos ao perigo.
Mas como boas pregadoras, lançamos a solução para este problema que passa por uma balança equilibrada de camadas de atmosfera (nem só a troposfera, nem tanto como a exosfera), proporcionadoras de um ambiente harmonioso entre os astros e respectiva atmosfera.
Seguidamente, mostrar-vos-emos os defeitos e louvores de todos vós e desceremos ao particular para exemplificar as várias situações.


Capítulo II


Pais, agora chegou o momento de vos mostrarmos o quão importante vós sois para a nossa vida.
Pais, é, já por si, uma palavra carregada de simbolismo e que representa a figura daqueles que nos criaram, que estiveram na origem da nossa existência.
A eles devemos a nossa presença neste mundo. Depois de nos terem criado enquanto seres físicos, vão aos poucos incutindo-nos todos os conhecimentos necessários, todas as experiências, todas as histórias que nos conduziram ao desenrolar das nossas próprias vidas. Mas, eles estão sempre presentes em todos os acontecimentos.
Sorriem connosco quando estamos alegres, têm colo para momentos de tristeza, dão-nos conforto em momentos de desilusão, dão-nos a mão quando estamos sós… E tanto mais, eles tão sempre lá. Fazem parte de nós. É deles que herdamos parecenças físicas e psicológicas.
Nós, os astros, somos como um pedaço de barro deformado nas mãos de um artesão: inicialmente, não passamos de algo tão comum e com tão pouco significado. Mas aos poucos a atmosfera, ou seja, os nossos pais vão-nos dando forma, moldam-nos aos seus gostos e segundo aquilo em que nos acreditam. E ao mesmo tempo que o barro vai ganhando forma, eles dão-nos liberdade para muitas vezes conseguirmos ganhar as formas que nós, ao sabor do desenrolar dos acontecimentos, temos a oportunidade de ir criando. E sempre com a atenção deles, porque se cometermos alguma imperfeição, estarão lá sempre para recuperar tudo de bonito que já tínhamos conseguido.
A figura do Pai ou Mãe é aquela que todos gostaríamos de ter para sempre, para estar sempre lá quando nós precisássemos… E que nunca desaparecesse.
Os pais são aqueles que sempre estão dispostos a dar a sua vida, a correr quaisquer perigos a fim de salvaguardar os seus pequenos rebentos.
Os pais representam o esforço e a luta que um dia teremos que ter, para, tal qual como eles, proporcionarmos aos nossos filhos um ambiente familiar tranquilo e cheio de boas oportunidades para a construção do futuro.
Temos desde a nossa existência, presente a figura do maior Pai de sempre: Jesus Cristo, que deu a sua vida por todos os seus filhos.
Já diz o povo e bem: “Quem sai aos seus não degenera…”.


Capítulo III


Agora, remetemo-nos para a particularidade de vos louvar, exemplificando alguns casos actuais que denotam um grande amor e protecção equilibrada das camadas de atmosfera e do brilho das estrelas.
Começamos por louvar os pais que praticam a adopção, porque não sendo as crianças filhas biológicas, eles acolhem-nas e dão-lhes a mesma quantidade de amor e transmitem-lhes os mesmos conhecimentos, como se de um filho descendente dos seus corpos se tratasse. Estes pais, os pais adoptivos, são um grande exemplo de uma atmosfera voluntariamente criada por astros que originariamente não lhes pertenciam, mas que permitem o mesmo tipo de brilho. Seguindo, assim, o exemplo de S. José que, apesar de não ser seu filho de sangue, assumiu Jesus como se fosse seu.
Mais especificamente, todos recordamos a história do General que adoptou ilegalmente Esmeralda e recentemente esteve preso pelo facto de o ter feito e ainda luta com os pais biológicos pela sua guarda. Veja-se este exemplo em que a atmosfera tudo faz para proteger e manter o brilho do seu astro, não deixando que nada, nem ninguém, o impeça de manter esta atmosfera no seu astro eternamente.
Será justo que tantas adversidades insistam em impedir as atmosferas de proteger os seus astros? Será possível que tantos pais mantenham uma luta constante contra todos os obstáculos para proporcionar uma vida harmoniosa aos seus filhos?


Capítulo IV


Agora, ouvi pais, onde constantemente errais…
Todos os sentimentos positivos que os pais nos transmitem têm de manter um saldo equilibrado na balança.
Este saldo não pode tender para o lado bastante protector da atmosfera, para o exagero de camadas da atmosfera envolvente dos astros. Porque essa sobreposição de camadas pode anular ou minimizar o brilho dos seus astros, impedindo que estes cresçam, que aprendam com os seus próprios erros, com as suas próprias experiências, fazendo com que os astros se sintam ofuscados, pressionados a brilhar de qualquer maneira. Estes pais não dão liberdade aos seus filhos de crescerem, nem permitem que eles criem um rumo ao seu gosto para o futuro.
Mas se o saldo da balança, contrariamente, tender para o lado de uma atmosfera bastante fina, também é prejudicial para os astros. Uma vez que essa escassa atmosfera é bastante reduzida e corre o risco constante de se anular, expondo os astros a todos os perigos. Deixando-os desamparados. Transmitindo-lhes, assim, um sentimento de desprotecção, de abandono e de infelicidade que não permitem que o astro brilhe naturalmente, uma vez que a existência da atmosfera equilibrada é que permite esse brilho, a felicidade constante dos astros. Qual é o ser humano que não precisa de um momento de conforto, de amor, de carinho, de protecção?!


Capítulo V


De entre os aspectos negativos que referenciámos aos pais, no geral, agora temos exemplos particulares bastante polémicos a nível nacional que mostram um evidente desequilíbrio na balança.
Um desses casos é o conhecido caso Joana. Caso em que a balança tendia para uma atmosfera demasiadamente fina, que ao mínimo conflito desapareceu, acabando num desenlace trágico. Leonor Cipriano, a atmosfera de Joana, era uma mãe ausente, violenta e que explorava a filha, jamais permitindo-lhe que brilhasse. Como a atmosfera se tornou tão fina, houve um trágico dia em que necessariamente se escasseou, expondo demasiadamente o seu astro que, frágil como era, acabou por perder o brilho para a eternidade. É justo acabar com o brilho de um astro, porque tivemos a indolência de melhorar a atmosfera?
Tal e qual como Leonor Cipriano, os pais Kate e Jerry McCain, apagaram por completo o brilho da pequena estrela Maddie. Isso porque mais uma vez não houve um equilíbrio nas camadas de atmosfera. Aparentemente uns pais excelentes, mas que pelo mínimo tempo que tivesse o dia, num dia fatídico esqueceram-se da função de atmosfera que deveriam ter para com a sua filha, deixando-a exposta a perigos de um país que não o dela, enquanto se divertiam, esquecendo-se da sua função de pais. Assim, sem atmosfera as probabilidades de sobrevivência de um astro são reduzidas. Estará correcto deixar os filhos à mercê de quaisquer perigos, enquanto os pais se divertem?
Tal e qual como estes dois casos, existem imensos espalhados pelo mundo. Principalmente, nos países subdesenvolvidos, em que os pais usam os seus filhos para próprio benefício e enriquecimento, permitindo que estes tenham uma vida desumana, não podendo assim brilhar.
Contrariamente a esta atmosfera demasiado fina, existem pais que criam em volta das suas estrelas uma atmosfera com demasiadas camadas, impedindo que estes brilhem plenamente.
É o exemplo de Pedro, um estudante universitário, que sempre fora protegido em excesso pelos seus pais. Até no momento da decisão do seu futuro, os seu pais tiveram mais influência do que ele, impedindo que frequentasse o curso de investigador, que ele tanto ambicionava, manipulando e quase que obrigando o filho a escolher medicina, como se esta fosse a melhor opção para o seu brilho. Depois de 3 meses a estudar medicina e regularmente, como sempre, a ser bastante controlado pelos seus pais, Pedro comete o suicídio e deixa uma carta a seus pais a dar conta dos seus erros. A excessiva atmosfera em volta da estrela de Pedro acaba, ironicamente, por o ofuscar, tanto desejando o contrário e impedindo o seu brilho para sempre.
Será justo levar uma estrela e integrar uma constelação que ela não queira, só porque a vaidosa atmosfera assim o deseja?
É necessário um equilíbrio harmonioso entre os dois lados da balança, para todos vivermos mais felizes e em harmonia.


Capítulo VI


É inegável que os nossos pais, a nossa atmosfera envolvente, são importantes no nosso crescimento, a qualquer nível. Sem eles não poderíamos crescer de uma forma saudável e harmoniosa, ou seja, eles estão constantemente presentes e ajudam-nos a tomar quaisquer decisões importantes que interfiram com nossa vida. São um ponto de referência, são uns verdadeiros amigos. Devido às suas vivências e experiências, claramente superiores às nossas, eles são os mais indicados a aconselhar-nos. Por vezes, não ligamos aos seus avisos, mas chegamos sempre à conclusão que eles estavam certos, devendo valorizar esse aspecto.
É muito importante que os laços criados entre as estrelas e a respectiva atmosfera sejam uma ligação forte e que simbolize a união e a importância que um tem para o outro.
Nesta relação de protecção e amparo, é necessário que haja um equilíbrio para o bem das relações humanas.
Todos precisamos de uma atmosfera que esteja sempre lá, mas que não seja demasiadamente fina, podendo a qualquer risco escassear, mas também não uma atmosfera com inúmeras camadas que obstrui o nosso crescimento, ofuscando o nosso brilho.
Para uma humanidade universalmente harmoniosa, é necessário o equilíbrio e a disposição para a relação de ambas as partes: pais e filhos. Ajudando-se mutuamente e aprendendo com as imperfeições.
Um pai e uma mãe são criadores de imensas estrelas brilhantes…



Ana Morais, n.3
Mariana Dias, n.11
Marta ribeiro, n.12
Telma Alves, n.21

Projecto desenvolvido pela nossa turma no ano lectivo 2008-2009


Projecto: “As 5 portas da leitura: promoção do livro e da leitura”


A Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos da Escola Secundária de Seia, com o apoio da Biblioteca Municipal, vai implementar o projecto “As 5 portas da leitura: promoção do livro e da leitura” com o objectivo, entre outros, de contribuir para o desenvolvimento das competências de leitura e de escrita nos jovens, valorizando a literacia como meio fundamental para potenciar o sucesso escolar e promover a inserção sociocultural global.
A leitura é um bem essencial. Não é um luxo, é um dever, uma necessidade básica, um direito elementar, um hábito imprescindível. Ler não é um mero passatempo; é um alimento intelectual, pois através do livro/leitura conhecemos os grandes pensadores e os escritores clássicos; conhecemos os textos sagrados; aprendemos a sonhar outros mundos; aprendemos a descobrir o que nos cerca e a descobrirmo-nos a nós próprios.

A leitura alimenta a nossa congenial fome de imaginação, a nossa necessidade inata de histórias e das emoções correspondentes, pois o homem é um animal simbólico e efabulador por natureza já que tem necessidade de ouvir e de contar histórias, desde o nascimento até à morte.

A leitura proporciona-nos viagens no tempo e no espaço; permite-nos sonhar outras vidas, outras culturas, outros mundos.
A leitura conduz-nos a expressarmo-nos melhor, oralmente e por escrito, para comunicarmos e argumentarmos de forma mais correcta e clara, com maior eficácia e persuasão, para fundamentarmos melhor as nossas ideias e pontos de vista.
A leitura permite-nos descobrir constantemente a expressividade da linguagem, as suas ilimitadas capacidades metafóricas e simbólicas, num processo de auto-alimentação constante: quanto maior é a quantidade de leituras, maior é a capacidade de compreensão e mais apetrechada se mostra a capacidade crítica.
Todos temos no nosso íntimo um leitor oculto que deve ser provocado a revelar-se, incitado de várias formas para que a leitura se torne não só um hábito, mas também um prazer.
A leitura implica a interacção do sujeito com o texto para construir o seu significado; o leitor apropria-se dos textos, dando-lhe um significado que, por vezes, o autor nunca havia imaginado. Ou seja, interpreta à sua maneira, pondo em jogo toda a magia da interpretação. Portanto, a leitura é muito mais do que juntar letras umas às outras e os verdadeiros leitores são aqueles que sonham, ouvem e sentem enquanto lêem.
Sonhar, inventar, mentir e criar são palavras intrinsecamente ligadas à leitura. O sonho resulta de todos os estímulos que são oferecidos pela leitura; a invenção é a resposta inteligente que advém depois de ouvirmos um bom contador/leitor; a mentira é acreditar que o sonho se concretiza; a criação é a característica humana que nos lembra que existe uma criança dentro de nós. Como afirma Mafalda Milhões [2005], “aos olhos das crianças, o sonho acontece, a invenção é uma mentira pequenina e a mentira é uma «coisa» feia, a criação faz parte do dia-a-dia e por isso não é valorizada”.
Estas quatro componentes da leitura, associadas ao afecto, fazem da leitura uma necessidade na vida de qualquer ser humano. Por isso, valorizar o sonho, descodificar as invenções e perceber as mentiras é muito importante, pois vai ser mais fácil perceber as histórias, ouvi-las, contá-las, vê-las, senti-las e tocá-las. Os cinco sentidos devem funcionar de forma permanente na leitura, pois só assim compreendemos as várias sensações ligadas ao texto, os vários sentidos do texto e podemos tirar prazer da leitura.

Este projecto pretende despertar os sentidos adormecidos em cada um de nós e reconduzir-nos ao seu uso pleno para assim usufruirmos das histórias lidas, encontrarmos prazer na leitura e sermos leitores para a vida.
Queremos levar o jovem a sentir a leitura, a conhecer a textura das palavras, os cheiros das palavras, as cores das palavras, as sensações das palavras.
Queremos que o jovem desperte para o prazer de ler e mantenha esse prazer ao longo da sua vida, pois “estimular o prazer de ler é a pedra de toque do esforço pedagógico que procura desenvolver a literacia” [Alçada, s. d.].
Ler é um prazer que deve ser cultivado. O percurso para adquirir esse prazer deve também ser partilhado, pois ler é fazer amor com as palavras. A missão do professor é ser mestre do Kama sutra da leitura, pois a leitura deve ser um acto de prazer e não de imposição ou obrigação.
Este projecto vai ser desenvolvido em três turmas do 11º ano de escolaridade: 1 do Curso de Ciências e Tecnologias (turma A), 1 do Curso de Línguas e Humanidades (turma D) e 1 do Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial (turma I).
Os docentes envolvidos no projecto são Elisa Branquinho, Rosa Isabel Martins, Ana Macedo e Manuela Silva (Coordenadora da BE/CRE).